sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta feira 13

Todo o dia quanto acordo eu agradeço a Deus por um novo dia. Agradeço por estar vivo, por ter mais uma oportunidade de fazer a diferença. Hoje o clima esta quente. Um dos dias mais quentes do ano. Adoro sair na rua ver muitas pessoas. O barulho das buzinas, as cores, os cheiros, os sabores, as dores e os amores. O mundo realmente é muito grande. Estou vivendo um momento único na historia da humanidade. Avanços tecnológicos nos cercam. Estão incorporados em todos os seguimentos da nossa rotina. Enormes transformações econômicas, sociais, religiosas se manifestam por todos os cantos. A natureza reclama seu direito. O apocalipse nunca pareceu tão perto. Mesmo assim uma beleza paira no ar. Há uma ordem no caos. O maior centro comercial de São Paulo é uma enorme selva de pedra e possui sua magia. O fim do ano se aproxima, como já é de costume as luzes natalinas já estão espalhadas. São 19:17 hs eu já estou atrasado para meu terceiro turno de trabalho. Fui!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A fábula do velho sábio

Era uma vez um guerreiro, famoso por sua invencibilidade na guerra. Era um homem extremamente cruel e, por isso, temido por todos. Quando ele se aproximava de uma aldeia, os moradores saiam correndo para as montanhas, onde se escondiam do malvado guerreiro. Subjugou muitas aldeias.

Certo dia, alguém viu ele se aproximar com seu exército de uma pequena aldeia, onde viviam alguns agricultores e entre eles um velhinho, muito sábio. Quando o pessoal escutou a terrível notícia da aproximação do guerreiro, tratou de juntar o que podia e fugir rapidamente para as montanhas. Só o velhinho ficou para trás. Ele já não podia fugir. O guerreiro entrou na aldeia e foi cruel, incendiando as casas e matando alguns animais soltos pelas ruas. Até que chegou na casa do velhinho. O velhinho, quando o viu se assustou. E sem piedade, foi dizendo ao velhinho que seus dias haviam chegado ao fim. Mas, que lhe concederia um último desejo, antes de passá-lo pelo fio de sua espada. O velhinho pensou um pouco e pediu que o guerreiro fosse com ele até o bosque e ali lhe cortasse um galho de uma árvore. O guerreiro achou aquilo uma besteira. -"Esse velho deve estar gagá. Que último desejo mais besta." Mas, se esse era o último desejo do velhinho, havia que atendê-lo. E lá foi o guerreiro até o bosque e com um golpe de sua espada, cortou um galho de uma árvore.-" Muito bem" disse o velhinho. -"O senhor cortou o galho da árvore. Agora, por favor, coloque esse galho na árvore outra vez." O guerreiro deu uma grande gargalhada, dizendo que esse velho deve estar louco, pois todo mundo sabe que isso já não é mais possível, colocar o galho cortado na árvore outra vez". O velhinho então lhe respondeu:

- "Louco é você que pensa que tem poder só porque destrói as coisas e mata as pessoas que encontra pela frente. Quem só sabe destruir e matar, esse não tem poder. Poder tem aquela pessoa que sabe juntar, que sabe unir o que foi separado, que faz reviver o que parece morto. Essa pessoa tem verdadeiro poder".

A ilusão do aplauso

Feed: Genizah
Posted on: sexta-feira, 6 de novembro de 2009 12:13
Author: Alan Brizotti
Subject: A ilusão do aplauso

Alan Brizotti

"O que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou, o que dará o homem em troca da sua alma?" (Mt. 16.26)

No Talmude, há uma lição de profundidade impressionante: "O homem nasce com as mãos fechadas; morre de mãos abertas. Ao entrar na vida, ele deseja agarrar todas as coisas; ao deixar o mundo, tudo quanto possuía se foi". A luta pela vida tem passagem certa pelo campo minado da ambição. A sociedade do espetáculo está sempre armada para abater aqueles que não trilham os luminosos caminhos da mídia. O professor Gabriel Perissé diz que estamos na "Idade Mídia".

A valorização dos holofotes tem criado uma sociedade de adoradores do espelho, uma legião de fantoches da propaganda que, em nome do sucesso, violentam a própria natureza do ser para priorizarem o não-­ser, a tirania do ter, o reinado dos desejos. Sucesso, do ponto de vista da Bíblia, é a vida oferecida e vivida plenamente para Deus.

Em Eclesiastes 9.13­-15, a Bíblia mostra uma importante lição de vida: "Também vi este exemplo de sabedoria debaixo do sol, que me pareceu grande: Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes tranqueiras. Ora, vivia nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria. Mas ninguém se lembrou mais daquele pobre homem". Esse relato incrível não se encaixa bem na mentalidade nababesca da pós­ modernidade. Como pode um homem salvar uma cidade de uma devastação militar e não receber títulos, honras, aplausos, adoração? Até no evangelicalismo narcisista de hoje esse exemplo é visto com certa ressalva.

O elogio da Bíblia é o maior prêmio: "...exemplo de sabedoria...que me pareceu grande". A grandeza aqui não está na realização, mas no testemunho histórico, na conduta antes da conquista ("um sábio pobre"). A ilusão do aplauso e a sedução do reconhecimento podem nos levar à neurose da exaltação, à síndrome de Nabucodonosor (Dn. 4.29­-31), ao sentimento de que a nossa verdadeira missão se resume à mesquinhez do "agarrar todas as coisas".

Que possamos orar como o Arcebispo François Fenelon: "Senhor, não sei o que eu deva pedir a Ti. Só Tu sabes do que eu preciso. Tu me conheces melhor do que eu conheço a mim mesmo. Oh, Pai, dá ao teu filho o que ele mesmo não sabe pedir. Ensina­me a orar. Ora Tu em mim".

Que assim seja!

***

Alan Brizotti é colaborador do Genizah e permanece lutando para manter-se no princípio de Jó.

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