quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus

Há diversas passagens no novo testamento muito importantes ao meu entendimento, em que Jesus adverte sobre o fermento dos fariseus e saduceus. Algumas delas estão localizadas em Mateus 16-5-12 e também no livro de Marcos 8.14-21. Então fica a pergunta:

"Quem eram os saduceus e os fariseus?"

Resposta:
A Bíblia menciona freqüentemente os fariseus e saduceus, especialmente no Novo Testamento, já que Jesus estava em constante conflito com eles. Os fariseus e saduceus formavam a classe espiritual dominante de Israel. Há muitas semelhanças entre os dois grupos, assim como diferenças importantes.

Os saduceus - Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, aqueles que eram saduceus eram aristocratas. Eles tinham a tendência de ser ricos e de ocupar cargos poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Eles também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho regente chamado de Sinédrio. Eles trabalhavam muito duro para manter a paz através de sempre seguir as decisões de Roma (Israel nesta época estava sob o controle romano) e, na realidade, pareciam estar mais preocupados com a política do que com o religioso. Porque eles estavam sempre tentanto acomodar os gostos de Roma, e porque eles eram ricos e da classe alta, eles não se relacionavam bem com o homem comum nem o homem comum os enxergava com alta estima. O homem comum se relacionava melhor com aqueles que pertenciam ao grupo dos fariseus. Embora os saduceus ocupavam a maioria dos lugares no Sinédrio, a história indica que a maior parte do tempo eles tinham que concordar com as idéias da minoria farisaica, já que os fariseus eram os mais populares com o povo.

Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores na área de doutrina do que os fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus consideravam apenas a Palavra Escrita como sendo de Deus. Os saduceus trabalhavam arduamente para preservar a autoridade da Palavra escrita de Deus, especialmente os livros de Moisés (Gênesis até Deuteronômio). Enquanto eles poderiam ser elogiados por isso, eles definitivamente não foram perfeitos em suas opiniões doutrinárias. Segue-se uma breve lista de suas crenças que contradizem as Escritura:

1. Eles eram extremamente auto-suficientes, ao ponto de negar o envolvimento de Deus na vida quotidiana.

2. Eles negaram qualquer ressurreição dos mortos (Mateus 22:23; Marcos 12:18-27; Atos 23:8).

3. Eles negaram qualquer vida depois da morte, defendendo a crença de que a alma perecia com a morte; eles acreditavam que não há qualquer penalidade ou recompensa depois da vida terrena.

4. Eles negaram a existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônios (Atos 23:8).

Porque os saduceus estavam mais preocupados com a política do que com a religião, eles não se preocuparam com Jesus até quando as coisas chegaram ao ponto de que Jesus iria chamar a atenção indesejada de Roma. Foi a esta altura que os fariseus e saduceus se uniram e planejaram que Cristo fosse morto (João 11:48-50; Marcos 14:53; Marcos 15:1). Outras passagens que mencionam os saduceus são Atos 4:1, Atos 5:17, e os saduceus foram implicados na morte de Tiago pelo historiador Flávio Josefo (Atos 12:1-2).

Os saduceus deixaram de existir em 70 D.C. Já que este grupo existia por causa de seus laços políticos e sacerdotais, quando Roma destruiu Jerusalém e o Templo em 70 D.C., os saduceus também foram destruídos.

Os fariseus - Em contraste com os saduceus, os fariseus eram em sua maioria empresários de classe média e, por conseguinte, tinham contato constante com o homem comum. Os fariseus eram muito mais estimados pelo homem comum do que os saduceus. Apesar de serem uma minoria no Sinédrio, eles pareciam controlar o processo decisório do Sinédrio muito mais do que os saduceus, já que tinham o apoio do povo.

Religiosamente, eles enxergavam a Palavra Escrita como inspirada por Deus. Na época do ministério terreno de Cristo, a Palavra Escrita teria sido o que é agora o nosso Antigo Testamento. No entanto, eles também enxergavam a tradição oral com a mesma autoridade e tentaram defender sua posição ao argumentar que estas tradições podiam ser traçadas de volta para Moisés. Isso era nada menos do que legalismo. Estas tradições tinha evoluído ao longo dos séculos. Estas tradições acrescentaram à Palavra de Deus, e isso era proibido (Deuteronômio 4:2; Apocalipse 22:18-19). Os fariseus procuravam obedecer rigorosamente a estas tradições juntamente com o Antigo Testamento. Os Evangelhos abundam com exemplos dos fariseus tratando essas tradições como sendo iguais à Palavra de Deus (Mateus 9:14, 15:1-9, 23:5, 23:16, 23; Marcos 7:1-23; Lucas 11:42) . No entanto, eles permaneceram fiéis à Palavra de Deus com referência a algumas outras doutrinas importantes. Em contraste com os saduceus, os fariseus acreditavam no seguinte:

1. Eles acreditavam que Deus controlava todas as coisas mas que decisões tomadas por indivíduos também contribuíam para o que acontecia no curso da vida de uma pessoa.

2. Eles acreditavam na ressurreição dos mortos (Atos 23:6).

3. Eles acreditavam em uma vida depois da morte, com a devida recompensa e punição individual.

4. Eles acreditavam na existência de anjos e demônios (Atos 23:8).

Apesar dos fariseus serem rivais com os saduceus, eles conseguiram colocar suas difereças de lado em uma ocasião - o julgamento de Cristo. Foi neste ponto que os fariseus e saduceus se uniram para colocar Cristo à morte (Marcos 14:53, 15:1, João 11:48-50).

Embora os saduceus tenham deixado de existir após a destruição de Jerusalém e do Templo por serem um grupo em grande parte de natureza política, os fariseus, os quais estavam muito mais preocupados com o estado religioso de Israel, continuaram a existir muito além da destruição de Jerusalém. Na verdade, os fariseus eram contra a rebelião que causou a destruição de Jerusalém em 70 D.C, e foram os primeiros a fazer a paz com os romanos depois. Os fariseus também foram responsáveis pela compilação do Mishnah, um documento importante com referência à continuação do judaísmo após a destruição do lugar central de culto, o Templo.

Tanto os fariseus quanto os saduceus foram muito censurados por Jesus. Talvez a melhor lição que podemos aprender com os fariseus e saduceus é a de não ser como eles. Ao contrário dos saduceus, devemos acreditar em tudo o que a Bíblia diz, incluindo no supernatural e em vida após a morte. Ao contrário dos fariseus, não devemos tratar tradições como tendo igual autoridade com a Escritura, e não devemos permitir que o nosso relacionamento com Deus seja reduzido a uma lista legalista de regras e rituais.

Fonte de Pesquisa: http://www.gotquestions.org

Analise Evangelho de João


O quarto evangelho declara francamente o propósito do livro "...fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais... Estes foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome” (20.30,31).

Desde o prólogo 1.1-18 com seu grande clímax: "...e vimos a sua glória...”(v 14), até à confissão final de Tomé: "Senhor meu Deus meu! (20.28), o leitor é constantemente impelido a prostrar-se de joelhos em adoração. Jesus Cristo aparece como mais que um mero homem; de fato, mais do que um simples enviado sobrenatural ou representante da Divindade. Ele é o verdadeiro Deus que veio em carne.

Os hebreus, esperando pelo seu Messias vindouro, entretanto (1.19-26), necessitavam de prova sobre a reivindicação de Jesus de ser o prometido Messias do Antigo Testamento. João apresenta essas provas vinte dias dos três anos de ministério público de Jesus validam dramaticamente Sua posição de Cristo, o Filho de Deus. Oito sinais ou ações revelam não apenas o Seu poder, mas igualmente atestam a Sua glória como o divino possuidor da graça redentora. Jesus é o grande “EU Sou”, a única esperança de uma raça em tudo mais destruída de Liderança. Água transformada em vinho, comerciantes e animais para sacrifícios expulsos do templo; o filho do nobre curado à distância; o paralítico curado no sábado; as multiplicações de pães; Jesus a andar sobre a superfície da àgua; a vista restaurada ao cego de nascença; Lazáro chamado de volta de entre os mortos: todos esses milagres revelam Quem Jesus é e o que Ele faz. Progressivamente, João o retrata como a fonte da nova vida, a água da vida, e o pão da vida. Até os Seus próprios inimigos recuam e caem perante o “Eu Sou”, que se entregava voluntariamente ao sofrimento da cruz (18.5,6).

Procurando salvar o homem do pecado e da condenação, e restaurá-lo à comunhão divina e à santidade, o Logos eterno fez deste mundo Sua habitação temporária (1.14). Através de Sua graça, homens caídos se tornam qualificados para habitar em Deus (14.20) e, finalmente, para entrarem nas mansões eternas (14.2,3). Em sua própria pessoa, Jesus cumpre o significado das profecias e das festividades do Antigo Testamento. Triunfa, finalmente, até mesmo sobre a morte e a sepultura, e deixa aos Seus seguidores um notável legado para dar prosseguimento à missão misericordiosa, sem igual na história.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Jesus põe a prova os que querem segui-lo

Grandes multidões o acompanhavam, e ele, voltando-se lhe disse:

Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda sua própria vida, não pode ser meu discípulo.

E qualquer que não tomar sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.

Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem meios para a concluir?

Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele.

Dizendo: Este homem começou a construir e não pode acabar.

Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil?

Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condição de paz.

Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.

Lucas 14.25-33

Muitos querem servir a Cristo, é bonito não é? Cada um tem seu motivo particular. Alguns por já nascerem em uma família cristã, mesmo sem saber o que significa, reproduzem exteriormente o que se viu. Uns para serem reconhecidos como "gente boa”, outros lotam igrejas buscando namorados, uns buscando casa, carro, dinheiro, empresas, ações, outros por medo do inferno e outros pela promessa do paraíso.

Na verdade não importa o motivo, se a questão não for entendida corretamente, a fé não se desenvolve. Tudo não passa de uma religiosidade, de um evento, um entretenimento. Porém sem nenhuma transformação interior ou seja, Cristo não opera realmente na vida da pessoa.

Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela) Mateus 7.13,14

Esta passagem nos mostra bem como é o caminho do discípulo. Exige muito mais do que a maioria pensa ou esta disposta a oferecer. Realmente este caminho não é para todos. Porém todos que quiserem, serão aceitos.

Quem não estiver fortemente decidido e abnegar a tudo que pertence, até sua própria vida, não é digno de ser discípulo.

Indo eles caminho a fora, alguém lhe disse: Seguir-te-ei para onde que que fores.

Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.

A outro disse Jesus: Segue-me! Ele, porém respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai.

Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus.

Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; Mas deixa primeiro despedir-me dos de casa.

Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.

Lucas 9.57-62


Ele disse: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem quiser salvar a sua vida perde-la-á, e quem perder sua vida por minha causa achá-la-á. Mt 16.24-25

Tudo é muito ponderado. “Se alguém quiser". Ele nós da a condição de escolha, afirmando que realmente este caminho é e não é para todos. Uns o seguirão, outros ficarão pelo caminho e outros não vão nem querem saber.

Esta é a verdade. Mas quem quiser tem que tomar a sua cruz e ir após Ele. De qual cruz ele pode estar falando? Naquela época era muito comum morte por crucificação. Ele esta falando da CRUZ que Ele carregou. A que traz consigo, libertação, perdão, justificação, salvação, amor incondicional, vida eterna, deveres, direitos e todas as promessas que Deus tem preparado para nós.

Quem não calcular seriamente será motivo de zombaria ou destruídos por um rei estrangeiro. Se realmente constatar que não pode trilhar este caminho, melhor será ir até o campo inimigo pedir uma rendição pacifica.

Mas quem quiser se prepare, pois este caminho te levará para um lugar maravilhoso, que mudará sua vida, o reino de Deus.

João de Assis

Deus é amor

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.

Ainda que distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba;

1Co 13.1-8

Antes de levantar acusações, odio, vingança ou qualquer tipo de maldade, não podemos esquecer, que o Deus que habita nós, espera uma resposta de acordo com seus mandamentos. Quem ama a Deus, segue seus mandamentos.

Quando perguntaram a Jesus qual é o principal mandamento, ele disse: Amarás o Senhor, teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Mt 22.37,38

E este amor se estende a todos no livro de Lucas 6.27 Jesus nos ensina: Digo-vos, pórem, a vós outros que ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam;

Mesmo sabendo que muitos irão nos magoar, nos machucar e até nos matar, ame a todos. Quem tiver realmente Deus agindo dentro de si, possui-rá o poder do perdão e estará liberto espiritualmente. Quando crucificaram Jesus ele a todos perdou dizendo: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Lucas 23.34

Deus é amor! Nunca se esqueça disto.

Visão perceptiva

Perdi meu medo de rir de chorar

de viver de morrer para acreditar

que a moderação é um chá morno

infusão no sangue pelo próprio demônio

Cada dia nasce um novo sol

esperança de vida pro girassol

dando valor para o que vem do coração

paz, respeito, igualdade e união

Mas ilusão é quem pensa que não pode

aqui tudo pode, com as estrelas cadentes mato minha fome

Se o barulho do trovão te assusta

pare, pense, veja, escuta

as primeiras trombetas não virão da rua.

Favela

Tudo que vou falar é sério

já passei mal, não tem mistério

já parei na encruzilhada, já fugi do cemitério

Povo humilde e trabalhador

falta uma oportunidade de provar o seu valor

Realidade dura, a verdade crua

Gueto, o som que vem da ruas

Sei que as vezes é difícil de sobreviver

num canto escuro uma mãe chora e você não vê

Se você duvida vem aqui para ver

se não tem coragem então vê pela tv

Na vida aprendi como é que é

cair faz parte o que importa é ficar de pé

o mais importante vem do coração

paz, respeito, igualdade e união

Agradeço a Deus os manos que estão do meu lado

Se liga pé de breque o seu tá guardado

Pantinhagem 2005 movido a mary jane

como dizia Sabotagem respeito é pra quem tem.

Um pouco da visão

Eu não preciso de aprovação irmão
eu sigo a voz do coração
acordar depois de um tempo já é nascer de novo
olhar pela janela e encarar um mundo novo
pois neste mundo, com os pés imundos
quantos já se foram iludidos em um segundo
encontraram a luz, mas se perderam no escuro
eu não me iludo, com este papo de surdo e mudo
ser linha de frente é pra quem tem coragem
ou pra quem é muito burro e confunde ideal com vaidade
dificuldade que você passou, eu passei também
a diferença é que tiro onda com fé olho pra frente e vou além
devagar pra frente é melhor que andar pra trás
esta é minha natureza e com certeza
abri mão da vaidade, respeitando a irmandade
com a sabedoria mais aguçada que a terceira idade
imperfeitos todos nós somos
as diferenças não estão só nos cromossomos
é questão de caráter, nunca é tarde
levante a cabeça e faça sua parte
olhar para dentro
enfrentar o deserto
ficar sempre esperto
sentir a energia de perto
vivo na busca de saber quem eu sou
pra eternizar e provar meu valor

The Earth Song - Michael Jackson

Leão reencontra pais adotivos

Israel Kamakawiwo'Ole 'IZ' 'Somewhere Over The Rainbow'

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Cordeiro de Deus

Esse texto é resultado da reflexão do autor ao texto de Donald M. Baillie Cordeiro de Deus do livro Deus estava em Cristo.

Bom Proveito

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“Santo Anselmo é, muitas vezes, acusado de iniciar o estudo da expiação a partir do final, por que seu primeiro passo consiste em mostrar, abstratamente, a urgência da situação que exigia semelhante expiação divina para, somente então, contemplar a provisão efetiva de Deus, em Jesus Cristo. Eu poderia ser acusado do mesmo erro. Mas, ainda que, neste caso, esteja muito bem acompanhado, parece-me que seria mais exato dizer que procurei mostrar a experiência cristã da reconciliação para daí reconsiderar aquilo que a tornou possível, a Cruz e a Paixão de Cristo” (pp.206).

Por que morreu Jesus?

“Se quisermos compreender a relação que há entre a Expiação divina e a Cruz de Cristo, devemos voltar nossa atenção ao relato evangélico e ao Jesus da história” (pp.206). Baillie, depois de expor a idéia de expiação quer fazer a ligação entre tal conceito e a Morte de Cristo. Para que isso seja evidente, ele procura demonstrar que é necessário compreender quem foi de fato este que morreu. Por isso, quer voltar sua atenção ao relato dos Evangelhos para buscar Jesus como personagem histórico. “Foram preservadas [as narrativas sobre Jesus], na tradição, por que o significado da Cruz não seria compreendido sem o conhecimento e a compreensão daquele que foi crucificado” (pp.206).

Algumas perguntas propostas por Baillie sobre a morte de Cristo: “Por que Jesus morreu? Por que foi condenado à morte pelo Procurador Romano? Por que as autoridades judaicas tramaram sua condenação? Qual o propósito final da morte de Jesus na economia divina, na providência de Deus? Em que sentido e por que razão Jesus ‘entregou-se’ ao destino da Cruz?” (pp.207). Sobre a voluntariedade de Jesus para a morte na concepção de Baillie implica em dizer que Ele o fez através da fé humana. Para ele é certo que Jesus aceitou a cruz como vontade e propósito de Deus. Quando ele afirma que Jesus fez isso mediante a fé humana ele quer enfatizar a humanidade de Cristo a ponto de não ser “guiado por um conhecimento sobre-humano que lhe faria discernir ‘o fim desde o começo’. Seria artificial pensar nele como tendo desde o início a consciência clara de que viera ao mundo para morrer de morte violenta pela salvação humana. Seria igualmente artificial concebe-lo em qualquer ponto de sua vida a formar a intenção de estar condenado a morte” (pp.207). Para Baillie, “os evangelhos foram escritos numa época em que os cristãos podiam olhar para trás e se gloriar da Cruz, aceitando-a como ordenada pelo propósito de Deus; mas não ocultaram o fato de que Jesus, ao contemplar o seu futuro e percebendo como haveria de ser, via-o como tragédia indescritível, aceitando-o contudo pela fé, e que até na última noite esperou e orou para que não chegasse” (pp.207-8).

É válido relembrar que, segundo Baillie, Jesus não morreu como vítima indefesa, “ele poderia ter escapado mas prosseguiu com olhos bem abertos” (pp.208). Segundo tal autor, se Jesus tivesse alterado o caráter de seus ensino, o número de confrontos com as autoridades judaicas, se tivesse mantido-se reservadamente com seus discípulo, por certo as autoridades judaicas o deixariam viver, e assim Ele teria salvo sua vida. “Mas mesmo quando os seus próprios discípulos tivessem desejado que tomasse o caminho menos perigoso – o que tornou muito mais difícil sua decisão (Mc.8.31-35) – ele não hesitou. ‘O que salvar a sua vida perde-la-á’ – havia ensinado. Poderia ter salvo a sua vida, mas seria a perda de tudo o que tinha sentido para a sua própria vida. E, assim, não haveria de voltar atrás no caminho que lhe conduzia ao sofrimento, à vergonha e à morte“. (pp.208).

Algumas perguntas interessantes são propostas por Baillie:

* Qual era o caminho que não podia abandonar embora tivesse que morrer?
* Para que morreu?
* Que objetivo levou-o a tal fim?

Provavelmente a respostas a todas essas perguntas sejam resumidas a um vocábulo: “AMOR”. Contudo, seria ainda necessário considerar a existência do objeto desse amor. Logo, “AMOR AOS PECADORES” seria a mais plausível das respostas. A pouco, discutimos sobre o amor incondicional de Deus, como deve ser ele compreendido de maneira correta. “Não há nada tão certo e tão autenticado no relato dos evangelhos do que o assombro que o Rabi de Nazaré causava, indispondo-se mesmo com as autoridades ao manter relações de amizade e simpatia com homens e mulheres de caráter duvidoso e pela atitude que demonstrava para com estas pessoas. Freqüentava suas casas e lhes falava com familiaridade. Demonstrava mais interesse nessas pessoas do que em outras e praticamente disse que Deus também fazia o mesmo. Disse que a sua própria missão não era para os ‘justos’ mas para os ‘pecadores’ (…) Não que considerasse os ‘justos’ – escribas e fariseus – sem pecado. Talvez fossem piores do que os ‘publicanos e pecadores’ aos olhos de Deus. Eram também pecadores e precisavam de arrependimento. E quando lhes falou com tanta severidade sobre os seus pecados não foi, em última análise, por que também os amava e desejava que se arrependessem?” (pp.209). “Mas à parte da profecia mencionada e de todas as interpretações teológicas, é verdade que ele morreu pelos pecadores no mais pleno sentido histórico: foi o seu amor pelos pecadores que o levou a morrer na Cruz” (pp.210).

A Cruz e o Amor de Deus

“A crucifixão de Jesus levou os homens à reflexão, mas do que qualquer outro acontecimento na vida da raça humana. E o fato mais notável na história do pensamento religiosos é que, quando os cristãos primitivos se reportavam ao que havia acontecido e consideravam os momentos terríveis do Calvário, eram levados a meditar no amor redentor de Deus” (pp.211). É interessante tal afirmação, pois para uma mente inquiridora e saudável, a morte trágica e sofrível, tal como a sofrida por Cristo, deveria ser encarada como a mais faltosa de amor, ou como atitude inescrupulosa de Deus. Talvez, ainda, considerada como a mais cruel de todas as atitudes, ou como afirma Baillie, “a crucifixão poderia ser vista como reductio ad absurdum” (pp.211). O ponto de vista de Baillie da presente argumentação sobre a Morte de Cristo é que, a princípio ela parece cruel demais para revelar um Deus amoroso por trás. O que ele reconhece facilmente é que Jesus demonstra claramente seu amor para com o homem. Mas o paradoxo da Morte de Cristo é reconhecer o amor de Deus por trás de tudo isso. “Se Deus era bom, como havia permitido que tal coisa acontecesse?” (pp.210). Isso é ainda pior quando notamos que os seguidores mais próximos de Cristo nunca inquiriram estas perguntas, ao contrário, consideravam a crucificação como ponto central na exposição do evangelho (ver pregações em Atos). É provável que tal atitude para com a crucifixão de Cristo tenha nascido a partir dos acontecimentos da manhã da Páscoa.

“Desde os primeiros dias da vida da Igreja diziam, aparentemente, que de alguma forma tudo acontecera pelos propósitos de Deus e, ainda mais, pelo propósito misericordiosos de Deus par ao perdão dos pecados – um perdão que poderia alcançar até os homens que haviam crucificado Jesus” (cf. At.2.23, 38; 3.17-19, 26; 4.27ss; 1Co.15.3).

Na verdade, não muitos problemas com a preocupação de Baillie em compreender o amor de Deus por trás da morte de Cristo, visto que há farto número de referências neo-testamentárias para esse fim (Rm.5.8; 8.32; Jo.3.16; 1Jo.4.10).

“Em resumo ‘tudo é de Deus’: o desejo de perdoar e reconciliar, os meios indicados, a provisão da vítima vindo do seu próprio seio, mediante preço infinito. Tudo acontece dentro da própria vida de Deus: pois se tomamos a Cristologia do Novo Testamento, temos de afirmar que ‘Deus estava em Cristo’ neste grande sacrifício expiatório, e que o Sacerdote e a Vítima eram o mesmo Deus“. (pp.215).

“Mas seja qual for o meio empregado no processo da salvação através da cruz, a atitude misericordiosa de Deus para com os pecadores nunca é vista como o resultado do processo, mas como sua causa e origem” (pp.215-6).
por Marcelo Berti em 11 fevereiro , 2009.

MELQUIZEDEQUE: NÃO EVANGELIZE PROBLEMAS…

Quase tudo o que discutimos acerca da Verdade de Deus tem a ver com os temas das angustias dos judeus em relação aos discípulos de Jesus e dos discípulos em relação ao judaísmo; fosse porque alguns, sendo judeus, julgassem de tempo em tempo que a ruptura criada pelo Evangelho era radical demais; fosse porque grupos de judeus os perseguissem tentando dissuadi-los de continuarem no Caminho; fosse porque os temas dos judeus não tivessem saído de todo nem do mais liberto de todos os apóstolos, provavelmente Paulo.

Assim, por exemplo, a Epístola aos Hebreus, que para mim é uma peça de verdade/beleza extraordinária sob todos os aspectos, que nos propõe a Superioridade de Jesus sobre toda e qualquer Sombra/Religião ou meio humano de buscar Deus, que não seja por meio da fé em Jesus — viaja sobre o chão das questões dos Hebreus/Judeus [...]; e tão somente nos introduz ao tema de Melquizedeque, Rei de Justiça e Paz, em razão de que a questão judaica era: Como Jesus, não sendo da Tribo de Levi, pode ser Sumo-Sacerdote, com poderes divinos/legais de mudar as Leis, fazendo de Si Mesmo a Realização de tudo o que para os nossos antepassados era toda a vida e cultura deles?...

Então o escritor de Hebreus viaja sobre o chão da história dos Hebreus/Judeus, a fim de mostrar pelas Escrituras [que eram o material final de autenticação de qualquer revelação para eles] que a ordem Levítica nunca foi nada além de uma ordem sacerdotal relativa, de ofertas relativas, de cerimônias relativas; posto que a tribo de Levi fosse de descentes de Abraão, sendo, porém, que o próprio Patriarca, nos seus dias, reconheceu um Sacerdote/Rei, Melquizedeque, como sendo alguém que conhecia o mesmo Deus que ele conhecia; mas o próprio Abraão reconheceu que esse Alguém representava algo maior do que aquilo que, por Abraão, estava sendo instaurado na Terra.

Ou seja: o escritor de Hebreus nos diz que havia uma Ordem Sacerdotal em Melquizedeque, que transcendia Abraão, e que o Cristo [Messias] seria, de acordo com Davi, nos Salmos, Alguém que pertenceria à Ordem de Melquizedeque — realidade essa que, para os leitores originais da Epístola [todos Hebreus/Judeus], vinha carregada de um poder fundado na própria Escritura; que, para eles, tinha sentido bíblico e cultural; posto que aquilo que em Hebreus demanda uma Epístola, Pedro resumiu na casa de Cornélio [que não tinha questões “judaico/cristãs”], simplesmente dizendo que “em qualquer nação, qualquer um que tema a Deus e faça o que lhe seja agradável, esse é aceito; pois para com Deus não há acepção de pessoas”.

Eu só falo na Ordem de Melquizedeque para quem chega com questões judaico/cristãs... Ou seja: para os cristãos... Sim, pois fora os cristãos, excluindo hoje em dia boa parte dos judeus, ninguém na terra precisa saber de Melquizedeque, se Melquizedeque era apenas uma resposta do Evangelho a um “problema” oriundo das crenças judaicas...

Ou seja: Melquizedeque continua a ser a resposta do Evangelho contra o Cristianismo como arianismo salvacionista [como foi contra o judaísmo étnico, cultural e legal]; por cuja noção se passou a ensinar que quem não seja cristão está perdido [...]; ou já tenha nascido sem acesso ao Cristianismo porque Deus mesmo os fez nascer nas culturas e geografias inacessíveis.

Entretanto, se o nível da estupidez não for esse, creia, não falo da Ordem de Melquizedeque, mas apenas digo o que Pedro disse na casa de Cornélio, a saber: Que em qualquer povo, tribo, língua e nação, onde quer que haja corações que amem a paz, o amor, a justiça, a verdade e vivam com esperança e bondade, aí Deus está presente, mesmo que não se Lhe saiba o Nome; posto que para com Deus o que importa é a verdade do e no coração, e não a afirmação histórico/cultural do nome de Deus, posto que Deus não tenha que se explicar ao mundo em termos judaicos.

Jesus [e Sua Boa Nova] é o único Nome a ser falado pelos discípulos, e isso quando a vida já criou o significado do Evangelho para aqueles que porventura passem a ser os nossos ouvintes...

No mais, quanto mais limpo de “problemas” de natureza “judaico/cristã” ficar o Evangelho em nossa boca, melhor será para quem não tem tais problemas.

O “problema” do Cristianismo sempre foi, entre outras coisas, impor “problemas” onde tais “problemas” não existem como “questão”...

No dia que entendermos mesmo que Deus é amor, nesse dia o Evangelho fluirá de nós como Rio de Água Viva, sem nenhum tipo de judaísmo ou cristianismo a lhe poluírem os derramar das águas...

Deus não é amor segundo a Ordem de Melquizedeque, mas sim a Ordem de Melquizedeque é uma Ordem de Sacerdócio de amor universal apenas porque Deus é amor...

Sim, existe na Escritura judaico/cristã a alusão a tal Ordem [...] apenas para que a partir dela [da Escritura], e por causa deles [dos judeus e cristãos], se possa dizer ao mundo todo que Jesus é o Senhor de todos; e que fez e faz cobertura de pecados por todos; ou melhor: que o mundo todo está reconciliado com Deus por meio de Jesus; ou ainda: que Jesus garante que a morte ficou menor do que Sua Graça em favor de todos os homens...

É simples assim!...

Nele, que É,

Caio
14 de novembro de 2009
Manaus
AM
fonte: www.caiofabio.com

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A destruição da Natureza

Novo site

Conheça meu site:
www.joaodeassis.com

A respeito do Julgamento do próximo

Irmãos, não faleis mal uns dos outros.

Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora se julgas a lei, não é observador da lei, mas juiz.

Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu porém, quem és, que julgas o próximo?

Tiago 4.11,12


Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.

Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.

O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.

Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;

porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.

Mt 12.33-37


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