quarta-feira, 28 de abril de 2010

Chales Chaplin - Tempos Modernos

Assisti este filme na faculdade uns dias atrás e achei muito interessante. Um filme antigo do Charles Chaplin, que além da comédia possui um grande conteúdo político e social. Vale a pena assistir.
Vou publicar a primeira parte somente, o resto pode ser encontrado facilmente no youtube. Muita paz e bom filme.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A Sua Fé Vai Ter Que Passar Pelo Fogo



“Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” 1 Pedro 1:7
Um jovem pastor muito confuso, cuja fé foi destroçada, me ligou na semana passada pedindo oração e aconselhamento. Ele foi salvo durante o reavivamento hippie no final dos anos 60 e está no ministério há mais de 15 anos. Com o passar dos anos ele ficou profundamente impressionado com os evangelistas de TV e com o seu sucesso em alcançar as massas. Usando métodos semelhantes ele havia levantado uma igreja de aproximadamente 300 membros.
Quando alguns evangelistas da televisão passaram por um exame minucioso e foram descobertos em pecado, sua fé ficou abalada. Simultaneamente a doutrina da prosperidade começou a desiludi-lo e à sua igreja, e mais dúvidas foram se instalando.
Então ele se envolveu com um grupo independente que acreditava representar um novo mover de Deus na terra – profetas! Todos estavam profetizando para todos. A maioria das profecias não se realizavam, mas algumas significativas se realizaram, e isso o impressionou. Como isso poderia estar errado se algumas profecias se cumpriam? Mas havia algo que perturbava sua alma, e que aumentou quando eles introduziram uma coreografia com balé nas convenções e igrejas associadas.
Recentemente ele compareceu à uma dessas convenções, e teve que abandonar a reunião porque era um circo de adulação pessoal em nome da profecia. Os líderes se levantavam, e profetizavam grandes coisas uns para os outros como se fossem guiados por um espírito invisível que dizia: “Você faz boas profecias para mim e eu profetizo coisas boas para você”. Era carnalidade, auto-exaltação e frivolidade. Ele abandonou o local com a fé completamente abalada. Outro suposto mover de Deus nada mais era que um desapontamento.
Ele disse: “Minha igreja ficava comigo por horas trovejando em línguas sobre nossa cidade: amarrando fortalezas, principados e potestades. Nós amarramos o inimigo do leste, oeste, norte e sul, mas a cidade ficava pior. Não há evidência de mudança!”.
“Tenho ouvido muitas vozes. No mês passado escutei uma suave voz me dizendo: ‘Meu filho, a partir de hoje libero todos os fundos financeiros que você precisa. Você nunca mais terá falta de recursos!’ Isso não aconteceu e a situação financeira piorou. Agora estou com medo de ouvir qualquer voz; estou duvidando da validade das línguas e não quero nunca mais ouvir falsas profecias.”
Ele prossegue: “Minha fé está se abalando. Amo ao Senhor, mas não sei mais no que acreditar. Sinto-me tão deslocado. Às vezes, penso que isso vai ter de ser apenas entre Jesus e eu, porque estou muito cauteloso para não cair em outro engano”.
O teste de fé desse pastor não é uma experiência isolada. Agora mesmo multidões dos filhos de Deus estão agüentando as mais duras provas de fé desde que vieram a Cristo. Sua fé tem sido lançada no teste de fogo. Satanás tem enviado um ataque poderoso na fé dos escolhidos. Isso se tornará mais quente e mais intenso nos dias de tribulação que virão. Pedro previne sobre “…tempo …sejais contristados por várias provações” (1 Pedro 1.6).
Paulo, escrevendo a Timóteo, diz: “Esta instrução te dou, meu filho Timóteo…combatas o bom combate, conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, havendo rejeitado, vieram a naufragar na fé” (1 Timóteo 1:18 e 19). Devemos lutar para manter a nossa fé. Não podemos ceder quando vier o ardente teste, ou isso nos levará certamente ao naufrágio.
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Os Filhos de Israel Não Passaram na “Prova da Fé”
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Quando o fogo foi aplicado e a prova se tornou intensa, os israelitas se dobraram, sucumbindo a um espírito de descrença.
“Por isso me indignei contra essa geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, e não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado. Temo-nos tornado participantes de Cristo, se é que guardamos firmes até o fim a confiança que desde o princípio tivemos. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação. Ora, quais os que, tendo-a ouvido, o provocaram? Não foram todos os que saíram do Egito por meio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade” (Hebreus 3: 10-19).
A fé deles não se tornou “mais preciosa do que o ouro” mas, antes, o fogo da provação os endureceu na incredulidade. Os corpos de uma geração inteira caíram no deserto. Acabaram como um povo abandonado por Deus, cegos, amargos, cheios de incredulidade. “E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade”.
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Fé Não É Ausência de Aflição e Sofrimento!
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Não é expressão de dúvida chorar ou ser esmagado por um problema. Oh, quantos jogos mentais fazemos cada vez que enfrentamos grandes testes ou provações. Nós negamos nossos sentimentos, e tentamos apagar todos os pensamentos de aflição. Alguns cerram os dentes, respiram fundo e permanecem imóveis, imperturbáveis; e dizem com um sorriso: “Meu coração está tranqüilo; eu creio; estou bem, está tudo bem”. Mas o tempo todo seus corações os condenam, porque na realidade estão pesados e aflitos. Pedro falava a cristãos que eram “pelo poder de Deus…guardados, mediante a fé”. Eles se alegravam no Senhor, “ainda que no presente…sejais contristados por várias provações”.
Estar “contristado” significa grande tristeza, pesar ou sofrimento. Jesus, no Getsêmani, demonstrou sofrimento e contristamento. “…(Jesus) começou a entristecer-se e a angustiar-se muito…Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte” (Mateus 26:37-38).
Aflição e dúvida não são a mesma coisa. Dúvida é a crença ou o medo de que a aflição vencerá, que irá esmagar e destruir – que a provação o derrubará.
Fé é o meio pelo qual nos livramos da aflição. É a firme crença de que o “tempo” de pesar ou da tentação não irá ferir, superar ou destruir você. A fé descansa na promessa de que Deus dará o escape.
Aflição pode cair subitamente sobre mim na forma de imprevisíveis ataques demoníacos, tempestades que agitam as ondas e batem no meu barco, provocando em mim um período de peso no coração, ou momentos de pânico. Mas eu olho para Jesus e a fé diz: “Eu não estou em perigo porque Jesus está comigo no barco!”.
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A Fé Não Pode Se Divorciar do Eterno Propósito de Deus
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Canaã era o tipo de representação do propósito eterno de Deus. Desde o início Deus tem procurado um povo que Ele pudesse trazer para o Seu descanso, para a plenitude em Jesus.
“Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4:8-9). O que Deus prometeu, na maioria das vezes, ainda não foi reclamado.
O propósito de Deus não é simplesmente livrar as pessoas de seus pecados e tirá-las do Egito, nem testar sua lealdade no deserto – isso não é nem a metade. Deus está interessado em muito mais do que livrá-lo de alguma crise atual, após a qual você testificará: “Ele me salvou! Ele me livrou! Eu estava numa situação desesperadora e Deus abriu um caminho!”. Não, não é só isso! Há uma glória maior. O propósito eternal de Deus é trazer a Cristo um povo que O considere como sendo tudo aquilo que alguma vez necessitarão. Ele deve ser o fim da fé. Ele é um Pai amoroso e não o deixará sofrer além do que você possa suportar, mas dará o escape em qualquer tentação; mas isso não é o suficiente! Simplesmente escapar das provações não é triunfar na fé.
Em dez crises isoladas, os israelitas provaram a fidelidade do Senhor em livrá-los; mesmo que ainda não estivessem “na terra”. Eles não O conheciam ou entendiam Seus caminhos.
Muitos de nós, como os filhos de Israel, temos sido livrados vez após outra de um problema atrás do outro, nos vendo “fora” de perigo, mas não “no” descanso. – Nós não temos aprendido de Jesus e como descansar n’Ele porque falhamos em ver o propósito eterno de Deus nessas coisas. Nossas lutas não são acidentes, elas são permitidas por Deus porque Ele está tentando produzir algo em nós. Ele tem um plano e um propósito para nos levar a algum lugar.
Quando caímos em provações ou problemas, a nossa reação é: “Ai! Eu devo ter entristecido a Deus. Eu fiz alguma coisa errada e agora estou pagando pelo pecado ou falha cometida, seja qual ela for”. No entanto, mais importante do que o motivo pelo qual veio a provação, é como nós reagimos em meio à ela.
Os gigantes da Terra Prometida não eram resultado do pecado de Israel, nem as cidades muradas ou as carruagens de ferro. Eles eram oportunidades para se contemplar o poder de Deus triunfando sobre o inimigo. Muitas de nossas aflições não são resultado de queda pessoal – mas, como os gigantes, são poderes opositores do diabo para nos conservar fora do lugar de descanso em Cristo.
A razão pela qual tenho me oposto tão veementemente ao evangelho da prosperidade dos dias modernos, é porque muito dele tem sido divorciado do propósito eterno de Deus, o qual é ser moldado em santidade à imagem de Cristo. Você não consegue tomar o leite e o mel, as coisas boas prometidas, enquanto não estiver “na terra”. Muitos desejam todas as bênçãos sem entrarem lá, sem guerra espiritual e vitória sobre a carne, o que é exigido de nós para entrarmos em Sua vida!
Todas as riquezas estão em Cristo Jesus. N’Ele reside toda a plenitude da Divindade; e quando você verdadeiramente entra em Cristo, descobre então verdadeiras riquezas. Nós perdemos totalmente o fio da meada se pensamos que a herança de Israel era terra, propriedades. Foi muito, muito mais. O Senhor mesmo devia ser a herança deles.
Ele os trouxe a um lugar onde teriam oportunidade para viver inteiramente consagrados ao Senhor, sem nenhuma outra fonte para suprir todas as suas necessidade. Era um lugar onde Deus poderia revelar-se como Todo Suficiente. “Resta entrarem alguns nele” (Hebreus 4.6). Esse ainda é o propósito de Deus para nós – nos fazer ingressar: em Jesus e à uma total dependência d’Ele, sem nenhuma confiança firmada na carne.
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O Grupo de Calebe
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Em Números 13 e 14 encontramos a linguagem e definições de descrença e verdadeira fé. Os dez espias que entraram na Terra voltaram com o relato do que tinham visto. “Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel…O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas” (Números 13:27-28).
Calebe, a voz da fé, disse para o povo: “Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela”.
O povo gritou, com medo e incredulidade: “Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes” (Números 13:3l-33).
Essa é a linguagem da descrença. “Nós não estamos aptos para enfrentá-los desta vez! Esta crise é diferente. Ela vai nos devorar! Não há como nos levantarmos contra esse inimigo. Já experimentamos outras vitórias, mas essa situação é pior, e muito acima de nós!”.
Conseqüentemente um choro de incredulidade elevou-se de toda a congregação. “Vamos voltar, não podemos com eles. Há muitos inimigos fortes; não dá pra continuar”(v. Números 14:1-4).
E novamente – a fé fala: “A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa…o Senhor…nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel” (Números 14:7-8). Apesar de que os filhos dessa geração incrédula mais tarde tenham entrado – eles nunca possuíram plenamente a terra. Se eles tivessem ido ao descanso verdadeiro, o Senhor não estaria falando ainda de um descanso não reclamado.
Ainda permanece para nós um lugar em Cristo onde interrompemos todo nosso trabalho e esforço próprio: deixamos de confiar no homem; paramos com as manipulações, com a luta e o empenho para que as coisas aconteçam. Antes que o Senhor venha, Ele tem que ter um povo que entre, um povo que usará a fé para derrubar tudo que os mantém longe da plenitude de Jesus.
É para isso que serve a provação. Deus quer saber o que está no seu coração. É o medo dos gigantes e o desejo de voltar ao Egito ou um abandono do Senhor e do cuidado que Ele tem com você. Satanás não quer um povo que cesse suas obras e dependa totalmente de Jesus como Senhor.
Calebe compreendeu os propósitos de Deus. Ele sabia que o inimigo não tinha poder para impedir o povo de Deus de entrar se eles avançassem em fé. “Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é conosco; não os temais” (Números 14:9).
Satanás está usando aquele gigantesco problema que você enfrenta não para lhe conservar rasteiro, mas para deixá-lo de fora! Não é um julgamento isolado; é o inferno inteiro se enfurecendo contra você para impedi-lo de ingressar na plenitude de Cristo, a um lugar de descanso, à uma vida de confiança, e a um caminhar de paz sob o Seu senhorio.
Todo o céu e o inferno lhe observam quando você se coloca às margens do Jordão. Como lhe verão olhando para o futuro? Você parecerá descrente e dirá: “Se ir com Jesus até o fim significa uma grande batalha de sofrimento, o coração ardendo e tantos problemas gigantescos… eu vou voltar! Ao menos eu posso farrear, beber, ficar dopado e encontrar um pouco de paz”. Ou, a fé prevalecerá e você diz: “Não me rebelarei! Não temerei o que me possa fazer o homem. Meus inimigos não têm poder, porque o seu poder foi esvaziado! Pela fé meu Deus irá devorá-los, pois Ele está comigo. Vou entrar!”.
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Caminhar com Jesus é um Assunto Muito Importante para Deus
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“Apesar disso, toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do Senhor apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel. Disse o Senhor a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando não crerá em mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio dele? Com pestilência o ferirei e o deserdarei; e farei de ti povo maior e mais forte do que este” (Números 4: 10-12).
Moisés apelou para a longanimidade e grande misericórdia de Deus orando: “Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia…Tornou-lhe o Senhor: Segundo a tua palavra, eu lhe perdoei. Porém…” (Números 14:19-21).
Que tragédia! Serem perdoados, e mesmo assim serem deixados para morrer num deserto árido e desesperante, impedidos de entrar na terra da promessa.
Você tem ouvido a respeito da doutrina da segurança eterna: “Uma vez perdoado, sempre perdoado”. Essa não é a questão. A questão aqui não é o perdão, mas entrar na herança de Cristo. Aqueles filhos de Deus foram totalmente perdoados mas – por causa de sua incredulidade, de sua má vontade em prosseguir, entrar – eles passaram o resto da vida perdoados, mas desprovidos da intimidade com Deus. Eles tinham somente uma religião morta, uma forma de piedade sem poder. Era um povo perdoado, mas sem ter para onde ir.
Eles nunca verão a glória do Capitão do exército do Senhor derrubando muralhas. Eles nunca irão desfrutar do frescor dos rios, dos pastos verdejantes ou das vitórias “na terra”. O leite e o mel da plenitude nunca serão deles.
Há literalmente milhões de cristãos exatamente neste lugar hoje. Deus os trouxe a um lugar de decisão, chamando-os para um caminhar mais profundo, um andar de fé completa, deixando para trás a morte do deserto. É um chamado para a obediência, devoção e dependência -através da submissão ao Senhor como capitão.
Eles ouviram um “Calebe” em algum lugar chamando-os para continuar a confiar em Deus para a vitória sobre o eu e a carne. Deus está trabalhando em suas vidas, mas eles se fixaram no perdão sem crescimento. Continuam vivendo vidas rasas – na infelicidade, desligados da real obra do Espírito Santo. São deixados para uma vida de tédio espiritual, aridez e morte!
“Nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto…nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que me desprezaram a verá. Porém o meu servo Calebe…eu o farei entrar a terra” (Números 14:21-24).
Deus está sempre “se movendo” com um povo, o grupo de Calebe. Mas estes que continuam são aqueles cuja fé suporta o fogo. Eles se mantêm firmes quando o quadro é desesperador.
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Fé Após O Fato Consumado Não É Aceitável
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Depois de ouvirem a advertência sobre seus cadáveres que seriam abandonados no deserto, os israelitas foram dormir. “E na madrugada seguinte subiram para o alto da região montanhosa, e disseram: Subiremos ao lugar que o Senhor prometeu, pois cometemos pecado” (Números 14:39-40).
Mas o teste havia acabado, o fogo estava morto. Eles tinham fracassado em face das pequenas chances. Era tarde demais.
O Senhor terá um povo que confia nEle em meio ao fogo, e que O glorificará quando testado. Não é fé obedecer quando a provação já acabou – isto é presunção. Fé depois do fato consumado não existe.
Em Lucas 18:8 Jesus pergunta: “Quando…vier o Filho do homem, achará fé na terra?”.
Ele encontrará fé em favor de direitos, fé para bênçãos, fé para prosperidade – mas o que Jesus está realmente perguntando é isso: Acharei Eu fé que leve as pessoas dos últimos dias a se renderem inteiramente a Mim? Quantos irão comigo para um caminhar submisso à vontade de Deus? Haverá pessoas como Paulo que considerou tudo esterco para ganhar a Cristo? Terão fé para continuar numa vida de dependência exclusiva de Mim?
Finalmente, em Hebreus 11:1 nós lemos: “Fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”. Esta certeza, esta prova é a Palavra de Deus! Jesus é a Palavra. A palavra escrita segura e registra toda a prova de que iremos necessitar. Descanse na certeza! Conte com a prova ! Ninguém entra sem conhecer a Palavra.
“Temamos, portanto, que, tendo-nos sido deixada a promessa de entrar no seu descanso, suceda parecer que algum de vós tenha falhado…Ora, nós, os que temos crido, entramos no descanso” (Hebreus 4:1-3).
David Wilkerson/1990
Fonte: www.tscpulpitseries.org

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Preconceito Cristão

Os cristãos, infelizmente, têm uma grande dificuldade de assimilar com maturidade que a Bíblia faz parte de uma das várias escrituras sagradas da humanidade! Indiscutivelmente, ela TAMBÉM faz parte da palavra de Deus. A Bíblia não é a única e nunca será (tentaram fazê-la ser a única, à força, na época da inquisição, mas não conseguiram). Diversas escrituras sagradas, de muitos povos, estão claramente vinculadas a Deus. Dizer que uma só é verdadeira é um desrespeito com tantos mestres e profetas que vieram ajudar a humanidade.
Isso não diminui em nada o valor do Velho e Novo testamento. É isto, justamente, que os cristãos não entendem. Muitos, não todos, claro, são agressivos com quem diz: "Jesus Cristo não é o único, mas foi, sem dúvida alguma, um grande representante de Deus." Alguns podem perguntar: " Jesus foi o único que ressuscitou". Respondo que ele não ressuscitou; foi ressuscitado: Esta é uma diferença importante. O que, também, não o desmerece em nada. Porque, mesmo assim, ele foi o que teve esta dádiva de Deus. Isso, no entanto, não desqualifica nenhum outro profeta. Cada um teve sua história na humanidade e deve ser respeitado por isso.
Enquanto houver o preconceito cristão, a palavra de Jesus Cristo será, nada mais, nada menos, que boas palavras, mas que seus devotos não querem cumprir. Ou se o fazem, esquecem que o amor de Cristo foi maior do que todos os preconceitos humanos. O exemplo dele, lamentavelmente, é pouco reconhecido. Quer um teste? Vá em uma sala da Bíblia World e diga que não é cristão, para ver o que acontece com você. Com exceções, claro, pois tem cristãos extremamente bem educados e de bom senso.
A maioria vai lhe dizer que está com o diabo e que irá para o inferno. Além de usar uma linguagem agressiva, eles não respeitam as outras escrituras e juram que são os únicos a serem "salvos" (isso quando eles mesmos não brigam entre si). Imagino Cristo observando tudo isso e pensando: "Foi por isso que me sacrifiquei por vocês?". Admiro a fé cristã, a vontade (mesmo que equivocada) de mostrar o "verdadeiro caminho" ao irmão. Não devemos esquecer que nada funciona sem amor e que falar sobre Deus requer, principalmente, amor. Sem isso, pegue sua escritura e a coloque no lixo!!! 

Autor: desconhecido

Alguns ensinamentos do Dalai Lama

Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.

Cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixao decididamente conduz a melhor saude mental e a felecidade

Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Seja a mudança que você quer ver no mundo.

A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância.

Determinação coragem e auto confiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuidos por uma inabalável determinação conseguiremos superá-los. Independentimente das circustancias,devemos ser sempre humildes,recatados e despidos de orgulho.

A verdadeira compaixão não consiste em sofrer pelo outro. Se ajudamos uma pessoa que sofre e nos deixamos invadir por seu sofrimento, é que somos ineficazes e estamos tão somente reforçando nosso ego.

Algumas pessoas têm amor por você, outras têm raiva. O que sentem nem sempre depende de seu comportamento. As reações delas às vezes são justas, outras vezes são injustas. Dê sem contabilizar. E esteja atento às necessidades delas.

Mensagem Tenzin Gyatso



“Meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa. Considero que a espiritualidade esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano – tais como amor e compaixão, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, contentamento, noção de responsabilidade, noção de harmonia – que trazem felicidade tanto para a própria pessoa quanto para os outros. É por isso que às vezes digo que talvez se possa dispensar a religião. O que não se pode dispensar são essas qualidades espirituais básicas.” – Tenzin Gyatso.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O que será agora?

Muita coisa acontece bem debaixo do seu nariz
e de tão preocupado com os outros não consegue ver
o tempo se vai, a vida vai junto.


Emoções, razões, transgressões e amores
um vazio, o covil
será que um dia tudo isto existiu?


O que é hoje não é o que era ontem 
e não será o amanhã... será?


O processo continuo de amadurecimento, enlouquecimento,
mais rápido que o vento
te provara o que valeu a pena.


Se a alma não é pequena 
tudo pode acontecer
o amanhecer, o anoitecer
estão a segundos de distância.


A inocência a infância
a lealdade da criança
a fé e a esperança
sempre irão estar.


Porém o amor sempre ira reinar... será?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

E AINDA... Só Igrejina não viu e nem vê


O mundo mudou e só “igrejina” não viu...
Ora, o mundo é “concreto” demais para amar o invisível...
Por isto os hebreus, quando se tornaram judeus, fizeram um Templo e praticamente adoravam mais ao Tempo do que a Deus.
Os cristãos originais resistiram quase 300 anos sem as “concreções” do mundo; depois se entregaram à Constantino e se tornaram uma Religião; e depois um Império; e hoje tem ainda seu Estado Vaticano; e os contrários têm seus impérios próprios...
O Protestantismo rebelou-se contra isto; mas nem tanto... Fez uma Dieta... Tirou os ídolos dos nichos... Diluiu em sua prática de autoridade a força demoníaca da autoridade papal... Porém, não podendo existir em meio a tanto valor abstrato apenas, fez de suas doutrinas as suas “realidades concretas”; fez da Bíblia/Livro/Sagrado seu ídolo contra os ídolos; sem falar que fez do “púlpito” sua “Arca da Aliança; sim, fez o seu “lugar santíssimo” [o templo/igreja]; e criou sua “classe sacerdotal”: os pastores, bispos e autoridades espirituais...
Os Islâmicos também são “monoteístas” de um Deus com terra própria; e mais: um Deus que somente ouve orações feitas a “Ele” com o corpo alinhado ao GPS geográfico de Meca, na Arábia Saudita; e ainda: com hora marcada para as orações [...] cinco vezes ao dia...
Entretanto...
O convite de Jesus é para o nada mesmo...
Sim, é um seguir sem colunas, sem altares de pedra, sem templo pra fora, sem textos sagrados; mas apenas com Cartas Vivas; sim, escritas nos corações...
O mundo, todavia, mudou; e só igrejina não viu!
É claro que teremos o judaísmo, o cristianismo e o islamismo por muito tempo ainda...
Mas serão poderes em decadência!
As novas religiões com apelo na Terra são as que não têm ideologia política e nem autoridades fixas instituídas...
Ou seja: o mundo, na Era Quântica, está cada vez mais preparado para lidar com a fé pura e simples no Espírito; no Deus que é; embora não pareça que assim seja.
Você liga a tevê e percebe que para cada dez séries sendo exibidas no cabo, três ou quatro lidam com o paranormal, com assombrações ou com óvnis...
Ora, as três coisas são equivalentes à expressões como sobrenatural [paranormal], opressão ou possessão demoníaca [assombrações]; ou ainda a designações como Arcanjos, anjos, principados e potestades [óvnis]...
Pelo menos uma vez por semana [...] penso demonstrar no “Papo de Graça” [no www.vemevetv.com.br] que a relação entre tais coisas é total, apenas variando na linguagem; sendo, portanto, uma diferenciação que se estabelece como diferente no dizer; e, sobretudo, em razão do “condicionamento” que a mente cristã ocidental tem em relação ao que seja o sobrenatural, o que sejam os demônios, fantasmas ou espíritos... E pior: com relação aos óvnis poucos discernem que são os velhos e mesmos seres que aí estão desde a antiguidade [vide o livre de Ezequiel]; — uns servindo ao Pai dos espíritos, o Senhor; outros servindo seu egoísmo e narcisismo alienígenas ou angélicos [para o mal]...
Somente quando os paradigmas de nossas interpretações milenares e sedimentadas em nós como fato caem por terra — é que nossa mente se abre para ver como nunca antes a humanidade esteve mais próxima dos poderes e realidades espirituais do que hoje!
Como Jesus predisse estaríamos também diante de coisas espantosas e de grandes sinais do e no céu!
Pois bem, as coisas cada vez mais espantosas nos cercam e cercarão; e os sinais nos e dos céus apenas aumentam e aumentarão diante de nós!
Na Terra angustia, medo, desmaios de pânico; calamidades globais, regionais e locais; guerras, ameaças contínuas e homens com surto de poder mundial; na vida em geral Ele disse que cresceria a frieza e o desamor, e que por tal razão viriam as corrupções, as manipulações, o hedonismo das surubas, a bissexualidade como experimento da angustias e da falta de sentido; e tudo o mais que faz do mundo exatamente o lugar de agonia que ele é dia a dia mais e mais...
Ora, o que me assusta é ver que igrejina continua a não ver...
Sim, o mundo está acabando, mas igrejina pensa que se elegerem muitos evangélicos para os cargos de mando, o mundo mudará; sem ver que dentre as expressões do que seja mundo em decadência, ela, igrejina, quase não tem concorrente...
Deus nos livre de um mundo de “Deus”!
Sim, do “Deus” da igrejina, do judaísmo ou do islamismo...
O mundo estará melhor sem religião alguma do que com a gestão de tais principados e potestades religiosos!
Você pergunta: o que isso afeta a fé no Evangelho de Jesus?
Minha resposta é um simples em Nada!...
Afinal, a dissolvência de tais poderes tira todo engano de poder que alguns discípulos ainda têm [pelo vício do Cristianismo] — e os coloca no lugar sem lugar; em fraqueza e serviço simples e amoroso [...]; que faz igrejina virar Igreja de Deus entre os homens; sim, ainda que sem poder segundo o mundo, mas cheia do poder que abala os poderes visíveis e invisíveis, como foi desde o principio o desejo de Jesus.  
O sal há que se dissolver na terra!...
Sim; pois somente com a dissolvência do sal na terra a Luz brilhará no mundo; não de um velador feito por mãos de homens; posto que serão torres invisíveis; sim, feitas de Luz simples [...] que brilhará de aparente lugar algum...
Entretanto, somente os que ficarem livres de toda idolatrias religiosa conseguirão ver o que digo!...
 
Nele, em Quem sei que falo,
 
Caio
11 de abril de 2010
Lago Norte
Brasília
DF

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Poder das palavras

Há milhares de anos os mestres cabalistas vêm ensinando que os maiores segredos da cura e longevidade para a espécie humana se encontram na água. Não por acaso, logo no início da bíblia temos o texto em código que aponta para a divisão “entre águas de cima e águas de baixo”.
       No entanto, o que era um conhecimento aparentemente místico se tornou científico quando o Dr. Masaru Emoto, um cientista japonês, apresentou os resultados da experiência que fez fotografando moléculas cristalizadas de água. A pesquisa demonstrou como o efeito de sons, pensamentos e sentimentos alteram a estrutura molecular da água. A técnica de sua pesquisa consistiu em expor a água a diversas situações, congelá-la e depois fotografar os cristais formados pelas suas moléculas. O Dr. Emoto tirou fotos de moléculas de água submetidas a diferentes qualidades de energia, como por exemplo: à alguns minutos de música clássica, à uma corrente de oração, à voz de Adolph Hitler, extraídas de um rio poluído, extraídas de uma nascente .
        O trabalho, concluído em 1999, provou através de fotos microscópicas que a água apresenta uma mensagem essencial para o ser humano. As fotos das moléculas da água submetida à música suave ou às correntes de orações eram lindas e harmônicas, enquanto as fotos da água submetida à péssimas qualidades de energia, como por exemplo, a voz de Adolf Hitler, mostraram-se assustadoras. Já um simples “muito obrigado” mudou por completo a aparência do cristal de água.
       Como setenta por cento de nosso corpo é composto de água, o resultado final do trabalho leva a conclusão de que palavras e pensamentos ruins farão tão mal para nossa saúde quanto água poluída, assim como as palavras e pensamentos positivos serão para nosso corpo como a mais pura água da nascente. O resultado comprovou o que os antigos mestres cabalistas já afirmavam há milênios: que uma simples mudança na relação com a água pode trazer enorme vitalidade para nossas vidas.
       Você também pode se beneficiar da cura pela água. Para tal, procure diariamente, de preferência em jejum, encher um copo com água e começar a projetar pensamentos e emoções muito construtivas para o recipiente. O copo deve ser de água mineral e precisa ser segurado com a mão direita. Depois deve ser bebido de uma só vez. Você também pode dar essa água a alguma pessoa próxima que estiver com problemas de saúde, Temos registrados depoimentos de centenas de pessoas que tiveram grande benefício dessa prática. Com animais domésticos o resultado é ainda mais surpreendente.
       Assim, diante de um mundo dominado pela alta tecnologia, onde o acesso à saúde se tornou um símbolo do poder do capital, começamos a descobrir a eficácia das ferramentas mais simples, e que como todas as coisas realmente importantes da vida, são obtidas não pela via material mas através do coração tomado por bons sentimentos. Eis um grande segredo para a cura.
Lehaim!
Ian Mecler é coordenador do portaldacabala (www.portaldacabala.com.br) e autor do livro “A FORÇA – o poder dos anjos da Cabala”.

sábado, 10 de abril de 2010

O pote rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.

Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:

- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.

- Por quê?, perguntou o homem. - De que você está envergonhado?

- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:

- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:

- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Meditação











O segredo da Acumulação Original

Viu-se como o dinheiro é transformado em capital, como por meio do capital se faz mais-valia e da mais-valia se faz mais capital. Entretanto a acumulação do capital pressupõe a mais-valia, a mais-valia a produção capitalista, esta porém a existência de massas maiores de capital e força de trabalho nas mãos de produtores de mercadorias. Todo este movimento parece, portanto, girar num círculo vicioso, do qual só saímos subpondo [unterstellen] uma acumulação «original» («previous accumulation»(1*) em Adam Smith) anterior à acumulação capitalista, uma acumulação que não é o resultado do modo de produção capitalista mas o seu ponto de partida.

Esta acumulação original desempenha na economia política aproximadamente o mesmo papel que o pecado original na teologia. Adão(2*) deu uma dentada na maçã, e deste modo o pecado desceu sobre o género humano. A origem daquele é explicada ao ser contada como anedota do passado. Num tempo remoto havia, de um lado, uma elite diligente, inteligente, e sobretudo frugal, e do outro uma escumalha preguiçosa, que dissipava tudo o que tinha e mais.

A lenda do pecado original teológico conta-nos, certamente, como o homem foi condenado a comer o seu pão no suor do seu rosto; a história do pecado original económico, porém, revela-nos como é que há pessoas que não precisam de o fazer. Mas é indiferente. Assim aconteceu que os primeiros acumularam riqueza e os segundos, por fim, nada tinham para vender a não ser a sua própria pele. E deste pecado original datam a pobreza da grande massa, a qual continua, a despeito de todo o trabalho, a não ter nada para vender a não ser a si própria, e a riqueza de uns poucos, a qual cresce continuamente, embora eles há muito tenham deixado de trabalhar. Esta chocha história para crianças conta-a ainda, p. ex., o senhor Thiers, com o ar sério das solenidades de Estado, aos Franceses outrora de espírito tão vivo, em defesa da propriété(3*). Mas assim que a questão da propriedade está em jogo, torna-se dever sagrado manter o ponto de vista da cartilha infantil como o único justo para todas as classes etárias e etapas de desenvolvimento. Na história real é sabido que a conquista, a subjugação, o assassínio para roubar, numa palavra, a violência [Gewalt], desempenham o grande papel. Na suave economia política reina desde sempre o idílio. Direito e «trabalho» foram desde sempre os únicos meios de enriquecimento, naturalmente com a excepção todas as vezes repetida de «este ano». De facto, os métodos da acumulação original são tudo o que se quiser, só não são idílicos.

O dinheiro e a mercadoria não são desde o início capital, tão-pouco os meios de produção e de vida. Carecem da transformação em capital. Mas esta mesma transformação só pode processar-se em circunstâncias determinadas, que se condensam no seguinte: duas espécies muito diferentes de possuidores de mercadorias têm de se pôr frente a frente e entrar em contacto, de um lado proprietários de dinheiro, de meios de produção e de vida, aos quais o que interessa é valorizar a soma de valor por eles possuída por meio da compra de força de trabalho alheia; do outro lado trabalhadores livres, vendedores da força de trabalho própria e por isso vendedores de trabalho. Trabalhadores livres no duplo sentido de que nem eles próprios pertencem imediatamente aos meios de produção, como os escravos, servos, etc, nem também os meios de produção lhes pertencem, como no caso do camponês que trabalha a sua propriedade, antes estão livres deles, livres e sem responsabilidades. Com esta polarização do mercado das mercadorias estão dadas as condições fundamentais da produção capitalista. A relação de capital pressupõe o divórcio entre os trabalhadores e a propriedade das condições de realização do trabalho. Logo que a produção capitalista se firma nos próprios pés, ela não conserva apenas esse divórcio, reprodu-lo numa escala sempre crescente. O processo que cria a relação de capital não pode, portanto, ser outra coisa que não o processo de divórcio entre o trabalhador e a propriedade das suas condições de trabalho, um processo que por um lado transforma os meios sociais de vida e de produção em capital e os produtores imediatos, por outro lado, em operários assalariados. A chamada acumulação original nada é, portanto, senão o processo histórico de divórcio de produtor e meios de produção. Ele aparece como «original» porque forma a pré-história do capital e do modo de produção que lhe corresponde.

A estrutura económica da sociedade capitalista saiu da estrutura económica da sociedade feudal. A dissolução desta libertou os elementos daquela.

O produtor imediato, o trabalhador, só podia dispor da sua pessoa a partir do momento em que deixara de estar preso à gleba e de ser servo e vassalo de uma outra pessoa. Para se tornar vendedor livre de força de trabalho, o qual leva a sua mercadoria a toda a parte em que ela encontra um mercado, ele tinha além disso de ter escapado ao domínio das corporações, às suas ordenações sobre aprendizes e oficiais e aos preceitos de trabalho inibitivos. Com isto surge o movimento histórico que transforma os produtores em operários assalariados, por um lado como a libertação destes da servidão e da coacção das corporações; e só este lado existe para os nossos historiógrafos burgueses. Mas por outro lado estes recém-libertos só se tornam vendedores de si mesmos depois de lhes serem roubados todos os seus meios de produção e todas as garantias da sua existência proporcionadas pelas velhas instituições feudais. E a história desta sua expropriação está inscrita nos anais da humanidade com caracteres de sangue e fogo.

Os capitalistas industriais, estes novos potentados, tiveram por seu turno de desalojar não só os mestres artesãos corporativos mas também os senhores feudais que se encontravam de posse das fontes de riqueza. Deste ângulo o seu ascenso apresenta-se como fruto de uma luta vitoriosa contra o poder feudal e os seus privilégios revoltantes, bem como contra as corporações e os grilhões que estas colocavam ao livre desenvolvimento da produção e à livre exploração do homem pelo homem. Os cavaleiros da indústria, todavia, só conseguiram desalojar os cavaleiros da espada por meio da exploração de acontecimentos de que estavam completamente inocentes. Eles elevaram-se por meios tão vis como aqueles por meio dos quais o liberto romano se fez outrora senhor do seu patronus(4*).

O ponto de partida do desenvolvimento que gera tanto o operário assalariado como o capitalista foi a servidão do trabalhador. O progresso consistiu numa mudança de forma desta servitude, na transformação da exploração feudal em capitalista. Para compreender o seu curso não precisamos de recuar muito. Embora os primeiros começos de produção capitalista se nos deparem esporadicamente já nos séculos XIX e XV em algumas cidades do Mediterrâneo, a era capitalista data apenas do século XVI. Ali onde ela aparece está a abolição da servidão há muito consumada, e o ponto mais brilhante da Idade Média, a existência de cidades soberanas, desde longo tempo a empalidecer.

Fazem época na história da acumulação original todos os revolucionamentos que servem de alavanca à classe dos capitalistas em formação; acima de todos, porém, os momentos em que grandes massas humanas de súbito, e violentamente, são arrancadas aos seus meios de subsistência e atiradas para o mercado de trabalho como proletários fora-da-lei(5*). A expropriação do produtor rural, do camponês, da terra forma a base de todo o processo. A sua história assume coloração diversa em diversos países e percorre as diversas fases em .sequência diversa e em diversas épocas da história. Apenas em Inglaterra, que por isso tomamos como exemplo, possui ela forma clássica(6*).
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