A filosofia de vida dos ninjas era chamada de Ninpō (Ninjutsu) envolvendo a adaptação, a liberdade e a perseverança férrea como princípios basilares.
Os ninjas também usavam disfarces de camponeses, pescadores, etc. Tudo para facilitar o trabalho como espião.
Também havia mulheres ninja, denominadas Kunoichi. Entre outras vantagens características delas, as mulheres ninja usavam a sedução (kisha) como arma, pois além de seu treinamento normal junto com seus companheiros do sexo masculino, também recebiam treinamento especial na arte da sedução, na arte de elaboração e aplicação de venenos e usavam o Tesen (leque) com lâminas de metal, assim como as das espadas. Atuavam combatendo ou seduzindo homens de alto poder político; com a sedução elas conseguiam maior facilidade em obter as informações secretas de que precisavam.
Os ninjas geralmente buscavam defender suas terras e sua família dos interesses feudais latifundiários. No entanto, alguns clãs shinobi trabalhavam como mercenários e algumas alianças com senhores feudais ocorria, conforme os interesses políticos do momento. A lenda de que um ninja jamais poderia ser pego vivo é uma mentira, tanto que ao menos uma história é ilustrativa: um ninja, ao ver que seria apanhado, quebrou o pescoço de uma raposa e a enfiou em seu uniforme. Ao ser levado ao daimyo (senhor feudal), protestou pelo suicídio ritual (sepukku ou harakiri), que foi realizado diante do próprio senhor, tendo sido depois jogado na natureza. Porém, na verdade o ninja havia cortado somente a raposa, para que ao ver o sangue, os demais pensassem que ele havia se matado realmente.
Entre as inúmeras técnicas do Ninjutsu, estão: a arte da invisibilidade (na verdade, da camuflagem), luta desarmada e armada (envolvendo o manejo de espada, bastão, lança, armas com corrente e outras mais exóticas), pressão de pontos vitais (o que podia levar o adversário a dores insuportáveis ou até mesmo à morte), técnicas especiais de fuga, métodos de caminhar silenciosamente, escalada de obstáculos, luta dentro d'água, envenenamento, hipnose, treinamento de flexibilidade das juntas (o que facilitava fugas de amarras) e, finalmente, a arte dos disfarces, que envolvia também técnicas de dramatização, o que possibilitava o ninja se passar por outras pessoas.
Apesar da tradição de 3000 anos, as primeiras aparições ninja vão ocorrer, no Japão, a partir do século VI até a era Neiji no século XIX, a utilização desses agentes como espiões foi aos poucos diminuindo e adentrando, novamente nas brumas da história, para renascerem mais tarde, como, durante a Guerra Russo-Nipônica em 1905 e no período que marca a Segunda Grande Guerra 1939-1945. Um registro importante é que, enquanto os samurais ainda procuravam entender a eficiência das armas de fogo levadas ao Japão pelos portugueses, os ninjas de pronto já incluíram essas armas em seu arsenal e passaram a utilizá-las em suas operações, pois haviam conhecido-as pelo intermédio de piratas chineses e japoneses.
Fato é que os ninjas, com a restauração Neiji, foram integrados às forças policiais e militares do Japão e isso ocorre até hoje, não só no Japão, mas no mundo. Com isso, o Ninjutsu já é uma arte marcial espalhada pelo planeta e utilizado em larga escala pelos organismos estatais que necessitam do silêncio e da eficiência em suas operações.
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