Babilônia representa os antigos reinos que pontuaram a parte sul da Mesopotâmia, especialmente nos séculos VI e VII AC. A capital também se chamava Babilônia (significando "portal de deus"). Entretanto, a Babilônia abrange uma figura ainda maior. Ela marca uma região inteira que hoje conhecemos como o sudeste do Iraque. O adjetivo "babilônico" tem um significado ainda mais amplo. Pode se referir à terra ou a seus habitantes, ao reino e seus assuntos, ou a uma das principais antigas línguas daquela região. Conhecemos os babilônios como lutadores valentes que eventualemente capturaram o povo de Deus. Eles eram também criativos e inteligentes. A Bíblia apresenta a Babilônia como arqui-inimiga do povo de Deus - um inimigo temido e muito odiado. Entretanto, veremos como Deus usou o reino da Babilônia para seus grandes propósitos.
A TERRA
Os rios Tigre e Eufrates são os marcos da área. Nascendo nas montanhas do leste da Turquia, eles inicialmente correm em direções opostas. Entretanto, se juntam perto da cidade de Bagdá e correm para o Golfo Pérsico.
Os reinos na Babilônia correspondiam em grande parte à geográfica Babilônia. Seus centros, entretanto, não se situavam na planície fértil e arenosa entre os dois rios, mas de preferência nas encostas ao longo do curso principal e em várias ramificações laterais do Eufrates. Às vezes o reino alcançava a região leste além do Tigre, indo até as planícies e encostas das Montanhas Zagros, geralmente ao longo dos afluentes a leste do Tigre.
ANTIGA BABILÔNIA
A Babilônia emergiu como uma cultura devido à influência dos diversos povos que migraram para aquela região. A civilização sumeriana começou a florescer entre 3.200 e 2.900 AC. As duas principais línguas da região eram a acadiana (uma língua semita) e a sumeriana. As primeiras interpretações das inscrições da Babilônia, datadas de 3.100 AC, eram em sumeriano, que foi a língua escrita da Mesopotâmia durante sete séculos. De fato, a escrita cuneiforme, cunhada, inventada pelos sumerianos, permaneceu em uso por quase três mil anos. Eventualmente o modo de vida dos acadianos começou a competir com os sumerianos. Invasões de outros povos passaram a ocorrer cada um desejando impor a sua supremacia sobre os demais. Várias dinastias se formaram e debateram entre si até que os assírios tomaram o controle da região entre 1.600-900 AC. Pelos idos de 732-723 AC, Salmaneser, rei da Assíria, iniciou uma perseguição contra o reino de Israel, pois o rei Oséias se rebelou contra a Assíria e não lhe pagava os tributos devidos. (II Reis 17: 1-6). Muitas campanhas e rebeliões se sucederam, alternando no poder reis que se associavam e se fortaleciam para vencer os mais fracos. No ano em que Senaqueribe assumiu o trono assírio, Merodaque-Baladã, auxiliado pelos oficiais e tropas elamitas, reapareceu. E incitou toda a população de arameus e caldeus contra os assírios, tomou a Babilônia e se proclamou rei novamente. Durante aquele breve período, Merodaque-Baladã sabendo da doença do Rei Ezequias, de Judá ,enviou-lhe mensageiros "com cartas e um presente" mostrando ostensivamente sua simpatia (II Reis 20:12). Com esse gesto Merodaque-Baladão pretendia conquistar mais um aliado contra a Assíria. Ezequias recebeu de madeira cordial os presentes o que demonstrou seu desejo de fazer a aliança pretendida. O profeta Isaías repreendeu esse gesto e profetizou sobre a conquista de Judá pela Babulônia, ocasião em que os celeiros do Rei Ezequias seriam saqueados e sua família levada cativa (IIReis 20:13-19; Isaías 39). Pessoas que amam o dinheiro estão sujeitas a muitos problemas. Ezequias não era exceção. Ele se impressionava com a riqueza da Babilônia e ansiava por mostrar suas próprias riquezas. Todo o seu reino seria em seguida dominado pelas muitas pessoas a quem ele desejava impressionar.
GUERRA E PAZ
O filho mais novo e successor de Senaqueribe, Esar-Hadom (681-669 AC), ocupou o trono da Assíria depois de uma disputa sangrenta com seus irmãos. Um de seus primeiros atos foi reconstruir e ampliar a cidade de Babilônia. Dessa forma, Esar-Hadom ganhou a simpatia de muitos dos seus súditos babilônios, que lhe possibilitaram usufruir de um reinado pacífico naquela parte do seu império. Três anos antes de sua morte, Esar-Hadom nomeou um de seus filhos, Asurbanipal, como seu successor e outro como vice-rei, sendo que o império não estava dividido, mas governado por dois filhos em dois tronos diferentes. Asurbanipal tinha precedência sobre seu irmão, arcando com a responsabilidade sobre todo o império. Seu irmão e seus súditos babilônios, por sua vez, apreciavam a soberania. Como vice-rei tinha total autoridade dentro de seus domínios. Esse acordo durou dezessete anos até que o vice-rei, dominado pelos elamitas e numerosas tribos árabes, se rebelaram contra Asurbanipal. Depois de uma batalha violenta, um nobre caldeu, foi escolhido como vice-rei babilônico. Logo em seguida Asurbanipal empreendeu uma expedição punitive, devastando a Babilônia e dessa forma destruindo completamente Elam.
NOVO IMPÉRIO BABILÔNICO: 614-539 AC
Os dois vice-reis morreram em 627 AC e por um ano a nação ficou sem governante. Depois disso se instalou a décima dinastia da Babilônia, sendo o trono ocupado por Nabopolazar, que ajudado por Media, pôs fim ao império assírio.
Mais tarde (604-562 AC), sob o reinado de Nabucodonozor II , a Babilônia se tornou herdeira do império assírio. Por um momento na história, a Babilônia era o centro de todo o Oriente Próximo. Nabucodonozor derrubou o reino hebreu de Judá e destruiu Jerusalém em 586 AC, deportando parte de sua população para a Babilônia (II Reis 24:1-25; 25).
Fonte: Ilumina
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